Conforme as Datas das reuniões do Comitê do Banco Central, a próxima reunião que deve decidir o aumento da taxa selic está programada para os dias 18 e 19 de março 2025.
Quando a taxa Selic sobe, isso tende a impactar a renda fixa de diversas maneiras. A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo Banco Central, e serve como referência para várias taxas de juros no país, incluindo as de produtos de renda fixa. Quando ela sobe, algumas mudanças podem ocorrer nos investimentos de renda fixa:
- Aumento nos rendimentos de novos investimentos: Os títulos de renda fixa que têm taxas atreladas à Selic (como CDBs, LCIs, LCAs e Tesouro Selic) tendem a oferecer rendimento mais alto. Isso acontece porque, com a Selic mais alta, os bancos e instituições financeiras precisam pagar mais para atrair o capital dos investidores.
- Valorização de títulos com pré-fixação: Para os títulos prefixados, como o Tesouro Prefixado ou CDBs que pagam uma taxa fixa, o impacto da alta da Selic pode ser negativo no curto prazo. O valor desses títulos pode cair, porque os investidores podem achar mais vantajoso comprar novos títulos com taxas mais altas. Portanto, o preço desses papéis pode cair no mercado secundário.
- Títulos atrelados à inflação (IPCA): Títulos como o Tesouro IPCA+, que pagam uma combinação de inflação + uma taxa fixa, podem ter um impacto misto. Embora a parte da rentabilidade atrelada à inflação continue a ser relevante, a parte da taxa fixa pode aumentar, dependendo de como o mercado percebe as futuras movimentações da Selic.
- Custo do crédito: Com a Selic mais alta, o custo do crédito no mercado também sobe, o que pode afetar o desempenho de empresas e influenciar os fundos de renda fixa que investem em títulos corporativos, aumentando o risco de crédito desses fundos.
Resumindo, quando a Selic sobe, novos investimentos de renda fixa tendem a oferecer rendimentos mais atrativos, mas os investimentos existentes, especialmente os pré-fixados, podem sofrer com queda no preço.